quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mais um convite!


E para quem está em Salvador vai a dica:




Festival Brasília de Cultura Popular

Esse final de semana merece uma atenção toda especial, o Festival Brasília de Cultura Popular que acontece no gramado da Funarte está com ótima programação, e por isso venho aqui repassar o convite a todos. Quem quiser saber mais é só acessar o link abaixo. Postei as atrações para todos ficarem com água na boca. Espero vocês por lá!

http://www.seuestrelo.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4&Itemid=3

Sexta-Feira - 20/11

20h Maracatu Piaba de Ouro (PE)

21h Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro – A roda (DF)

23h Samba de Coco Raizes de Arcoverde (PE)

Sábado - 21/11


16h Roda de Palhaços

17h Mambembrincantes (DF)

18h Cacuriá Filha Herdeira (DF)

19h Passarinhos do Cerrado (GO)

20h Vozes da Mussuca (SE)

21h Maciel Salú (PE)

22h Carimbó Quentes da Madrugada (PA)

23h Mariene de Castro (BA)

Intervenção Cultural - Pé de Cerrado (DF)


Domingo - 22/11


16h Roda de Mamulengo

17h Baianas do Coqueiro Seco (AL)

18h Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro (DF)

19h Paito e Los Gaiteros de Punta Brava (COL)

20h Ilê Aiyê (BA)

Intervenção Cultural - Mestre Zé do Pife e as Juvelinas (DF)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Meu passarinho fugiu do sertão
Foi atrás de tempo mió
Pra ele ali num dava não
A terra rachada do só,
Os garrancho seco cortano o vento
Tudo ficou pra trás
Tudo ficou só

O passarinho foi pros lados do sul
foi buscar alegria
foi apontar no céu azul
sem a seca do sertão da Bahia

Voa passarinho, vai atrás de teu sonho
Aqui nóis fica na saudade
Fica com esse sertão tristonho
Admirando tua liberdade

Vai, que nóis aqui tá torceno
Vai, sem pensar nessa agonia
Teu caminho vai ter chuva e vento
Rápido te traz de volta pra Bahia

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Do luxo a lama

Jana e Dadá depois de anos se reencontraram para passar um feriado juntas, numa cidade do interior e com muita festa na praça. Muita gente das cidades vizinhas, muito movimento pelas ruas, casa cheia de gente.

Naquela noite foram duas horas para se arrumarem. Roupa nova, cabelo na chapinha, maquiagem carregada, muito perfume, e lá foram as duas para o show na praça com dupla sertaneja e banda de forró.

Empolgadas com o reencontro e com aquela festa toda, saíram dançando pelo meio do povo, cantando as músicas. Apesar do inverno, com aquela muvuca, aquele aperto, o calor era insuportável. Resolveram tomar um licor, aí melhorou... o vento bateu, o povo passava, elas distribuindo sorrisos, cumprimentando todo mundo... Dava gosto ver as duas com olhos tão luminosos, nada podia atrapalhar a noite, ou quase nada...

Com líquido entrando, líquido tinha que sair. Dadá chamou Jana pra ir ao banheiro, e viu que só tinha aqueles químicos, pra desgosto geral. A fila era imensa, mas as duas acharam melhor esperar e resolver logo o “problema”. Com a demora e não se sabe mais o quê, Dadá sentiu que ficar ali já não era tão bom, teve uns calafrios, uma zonzeira, uma fraqueza nas pernas, olhou pra Jana e com a mão no ombro da amiga murmurou:

- Não to bem... – bastou essa frase pra cair igual uma jaca pra frente. Jana sem acreditar na cena, só pôde segurar um braço da amiga que já estava no chão.

Todos ali deram socorro e colocaram Dadá na calçada. Quando a pobre abriu o olho, se espantou com o furdunço em volta, notou também o vestido com um lado todo enlameado, o joelho ralado, a meia preta furada, bota suja... Que vergonha...

Viu a cara de espanto de Jana, notou que alguém já media sua pressão, mirou a rua e uma ambulância já encostava, e lá vinha uma pergunta de um homem de branco:

- Vai levar sua amiga para o hospital? Ela bebeu muito?

- Sim... Não... A gente vai, mas ela nem bebeu – Jana ainda estava em choque.

- Mas eu to bem, minha pressão que caiu... – Dadá só sabia choramingar isso, foi quando Jana puxou o braço dela e disse entre os dentes:

- Você fique na sua, que suja do jeito que você está, não dá para ficar aqui, e o hospital é na frente da nossa casa, já é uma carona!

Entraram na ambulância, com todo mundo olhando, quando a porta se fechou, a sirene tocou no maior volume, e as duas sacudiam lá dentro mais que tudo. Depois de medir a pressão novamente no hospital, foram pra casa, Jana lamentando ter perdido a noite e Dadá lamentando a dor no joelho e a derrapada da noite do luxo para a lama...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Último ninja Sariguê

Todo mundo já teve uma pessoa meio fora do normal no seu grupo de amigos, imagine então numa confraria. Foi por abrigar pessoas assim no seu ninho que aconteceram fatos que são combustíveis para essa história.

Num dia desses, num templo de encontros, o bar, estava tudo muito harmônico; música com violão, muita gente na mesa, clima leve, muita risada... Só Sariguê que não estava muito contente com aquilo. Caladão e sisudo, aquele não estava um dia pra conversa, soltou algumas palavras com Tico, seu amigo mais chegado, e continuou observando aquele cenário todo, como se já soubesse tudo o que ia acontecer dali alguns instantes...

Cerveja na mesa, porção de filé e fritas circulando, Salete batia um dedo de prosa com Nei, os dois falavam algumas resenhas, davam algumas risadas, e Salete viu que Sariguê tinha se levantado do seu lugar com um copo na mão e vinha em direção deles. Uma cara estranha, Salete parece que adivinhou que coisa boa não devia ser, ainda mais que Sariguê tinha fama de "queixar" todas que passavam em sua frente, e era conhecido pela sua insistência. Ela cutucou Nei pelo braço e deu o aviso:

- Olhe, não saia daqui do meu lado agora de jeito nenhum, repare na cara de Sariguê... - Foi dito e feito. Ele já estava em frente aos dois, de pé, e foi exigindo que queria conversar com Salete. Nei disse que naquela momento não ia dá porque os dois já estavam conversando. Ficou naquele "vou não vou", até que Sariguê se virou pra voltar de onde veio. Bastou um copo cair da mesa e se espatifar no chão que baixou um ninja no corpo de Sariguê.

Pense em copo voando, garafa quebrando, fritas saltitando? Aconteceu tudo isso, nunca se viu cinco mesas se esvaziarem tão rápido, todo mundo sem reação via Sariguê dar golpes jogando tudo que estava ali pelo bar inteiro.

Os rapazes resolveram interferir e começaram a segurá-lo, mas a força de Sariguê era tanta que só quando cinco se juntavam conseguiam contê-lo. Era uma gritaria, um tal de "me solta, me larga", principalmente quando Nei encostava, era um "tira esse cara da minha frente". Até que acalmaram o bicho, sentado na escada com Tico, Sariguê parecia contido e conversando sobre sua reação.

De repente o ninja baixa de novo naquele corpo e dá uma "voadora" entre dois amigos, até hoje todo mundo se espanta por não ter atingido ninguém. A dona do bar já vendo tanto prejuízo, gritava:

- É o capeta que tá com esse menino, é um exu! ô meu pai! - Estava desesperada, coitada.

Dessa vez mais atentos, os amigos conseguiram logo segurar o ninja Sariguê e o colocaram no chão. A dona do bar não se fez de desentendida e veio de lá de dentro com um balde cheio de água, dizendo que agora o capeta saía do corpo do pobre, e jogou a água toda em cima da cara dele.

Depois da água fria tudo se acalmou, contas pagas, e cada um foi pra seu canto. Olhem, se alguma entidade saiu, ninguém sabe, mas que Sariguê quase se afoga com aquele balde, isso foi verdade... Depois dessa história, dizem que a senhora mudou de ramo, largou o bar e foi pra um ramo menos arriscado.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Caruru pra Cosme e Damião

Sábado é dia de FESTA!!!
“São Cosme mandou fazer duas camisinhas 'azul', no dia da festa dele, São Cosme quer caruru”
O que? Caruru de Cosme e Damião
Quando? 26/09
Onde? Na AABB
Q horas? 18h
E as contribuições?
Caruru: O caruru será de Bárbara. Seguindo as tradições, os amigos que quiserem ajudar a comprar os ingredientes podem ficar à vontade. (Felipe já trouxe o camarão seco e Pelé o dendê).
Bebidas: Mesmo esquema: cerveja e refri compramos lá, as bebidas quentes podem ser levadas.
Descartáveis: Isso precisamos providenciar. Quem se habilita?
Doces: Vou comprar uma leva. Mas quem quiser pode levar mais. Fartura nunca é d+!!!!!
Um pouco da história:
Os santos gêmeos são muito prestigiados e populares em todo o Brasil. Mas é em Salvador, Bahia, que a dupla ganha mais notoriedade, sobretudo no mês de setembro, quando são festejados, em grande estilo, com o famoso caruru. O prato ganha tanto a mesa dos ricos quanto a dos pobres, e é sempre seguido de muita fartura e festa. Uma das obrigações de quem prepara o caruru de preceito é pedir esmolas para conseguir os ingredientes necessários. Uma vez pronto, o alimento é servido, primeiramente, aos santos e, em seguida, a sete crianças. Somente depois vira banquete para os demais convidados e para a própria família que o preparou. O prato, à base de quiabo e dendê, tem origem na África, no
culto da sociedade yorubá aos Ibeji.

Todos os anos, ao se aproximar o dia 27 de setembro, data em que se comemora o Dia de Cosme e Damião, é comum encontrar pelas ruas de Salvador crianças e adultos atrás de esmolas (ingredientes) para a preparação do caruru dos santos. As pessoas mais abastadas pedem aos amigos uma ajuda simbólica, garantindo, assim, a tradição.

Embora a comemoração seja obrigatória no dia 27, os carurus baianos, no entanto, acontecem durante todo o mês de setembro e prosseguem até outubro, quando são festejados, no dia 25, São Crispim e São Crispiniano, que normalmente são confundidos na crendice popular com Cosme e Damião.

Representadas por duas crianças gêmeas, essas entidades eram cultuadas com presentes e oferendas de pratos típicos e doces nos rituais do Candomblé, que se repetem até os dias atuais. Entretanto, ao se tornarem escravos no Brasil, os africanos foram proibidos de cultuar seus santos de origem. Para burlar a vigilância de seus senhores, passaram a associar suas entidades aos santos católicos, o que chamamos de sincretismo.

Para que pudessem festejar seus Ibejis ou Erês (que significa criança que gosta de oferendas), os escravos adotaram os santos gêmeos católicos Cosme e Damião. É por esse motivo que Cosme e Damião, até hoje, são associados a crianças e se oferece caruru, balas e doces no seu dia. Embora o culto aos gêmeos tenha-se originado em longínqua data e em vários pontos da Europa, foi no Brasil, no entanto, especialmente na Bahia, que a fé nos santos ganhou mais força, juntando-se às devoções das raças branca e negra.

OBS: Preciso das confirmações pra fazer a lista e ter idéia do tanto de comida.
Bjs e até lá!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Você aqui!!!

Quando amigos que não se vêem se encontram, tudo é válido... Falar besteira, piadinhas sem graça, manifestações de carinho exageradas, exceder-se de várias formas é a regra em geral. Foi assim que me contaram como aconteceu com uns amigos que se reencontraram por acaso nos bastidores de um show, numa capital dessas aí....

Depois de fazer despedidas, dar tchau para todos, aquele chororô, Lió voltou pra sua terra. Quatro meses depois estava de volta à capital, não deu tempo nem da turma sentir sua falta. E num domingo de ócio, recebeu uma ligação de um músico, amigo seu de longas datas, pra aproveitar o show da banda dele de graça, quer melhor?

E lá foi. Passe livre em camarim, palco, muita badalação, um fuzuê, um vuco vuco, eis que surge Nena, que tinha ido na despedida de Lió, aliás conheceu Lió na ocasião, mas na capital, longe de sua terra, todo mundo é melhor amigo, amigo de infância, cresceram quase juntos. Quando se viram (apesar de nenhum lembrar o nome do outro) foi aquela festa:

- Rapaz!!!! Você aqui! Mas não tinha ido embora?! Que alegria te ver!

- Pois é, voltei! – E tudo ficou em família, Nena trabalhando no evento e Lió aproveitando de tudo. Soltou-se por ali, dançava sozinho, entrava e saia do camarim toda hora. E começou aquela coisa de reencontro: muita história, muito elogio, piadinha sem graça... Lió já era íntimo de todo que estava por ali, segurança, roadie, músicos, fotógrafo... O show do seu amigo acabou, todo mundo conversando enquanto outra banda se apresentava, e Lió sempre o mais animado.

O show da segunda banda acabou, vieram os músicos todos para o outro camarim, eis que encosta a van para levar todo mundo pro hotel. A banda entra e senta sossegada, de repente... Lió naquela sua ímpar empolgação, gruda na porta da van e começa a falar alto (pra não dizer gritar...):

-E aí? Gente, o show foi massa! Bom p c*! Parabéns!!! Essa é minha banda, essa é minha banda! – E enquanto repetia a última frase, o cantor tentava fechar a porta, que Lió teimava em segurar aberta. Nesse puxa pra lá e puxa pra cá, o cantor conseguiu se desvencilhar de Lió, fechou a porta e foi embora, acho que agradecendo por ter se livrado daquela cena.

Mas Lió estava feliz, nem notou o incidente, e continuou a vida na capital sempre se encontrando com os amigos, e agora com mais uma história pra contar.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um samba!

Acordei com vontade de fazer um samba, mas não sou compositora, e agora? Mesmo assim fiz, e como deixei de postar aqui umas duas semanas, resolvi coloca-lo hoje mesmo no blog. Ah, para os músicos de plantão, quem quiser músico fique a vontade, mas tem que ser uma samba!!! E para quem é Amélia, cante e se rebele!

Samba pro meu nego

Resolvi compor o meu samba
Pra meu nego me fazer o café
Pra ver se ele levanta cedo
Pra ver se ele larga do meu pé

Arrume a gravata direito
Nego, anima para ir trabalhar
Deixa essa preguiça de lado
Que a noite você tem seu jantar

Refrão:
A vida é dura, neguinho
Melhor ralar por agora
Para com esse charminho
Fim do mês cê melhora

Eu vou batucar meu samba
Pra dançar na ponta do pé
Nego, bote comida na mesa
Não me engane com seu migué

Nego, sai desse teu caminho
Vê se deixa essa vida mansa
Larga teu cigarro e a bebida
Que trabalhar não te cansa

Refrão:
A vida é dura, neguinho
Melhor ralar por agora
Para com esse charminho
Fim do mês cê melhora

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quem disse que homem não repara no outro?

Toda vez que a turma de Coqué da Bahia se reúne, é aquela fuleragem. Samba de roda, fricote, lambada, samba reggae, e tudo que se tem direito. Todo mundo dançando, de papo, rindo, e por aí vai...

O que se imagina é que num evento desses esteja todo mundo a vontade... shortinho, camisetinha, sainha (no diminutivo pra ficar mais bonitinho). Só que o samba começa, e você começa a se mexer, a se bulir, e o que acontece? Tudo que está solto... balança...

E Coqué é assim: ordinário, danado, malino, baixaria, uma nigrinha... ouviu um tambor ele se contorce todo e requebra. Foi nessa requebrada que Coqué se quebrou. Com sua camiseta e seu bermudão, Coqué esqueceu de algum detalhe que não passou em branco por Didú, amigo de farra, e reparador oficial do figurino alheio (lá ele).

Didú passou o olhou de cima a baixo em Coqué se bulindo, e parou ali no centro... só deu tempo de apontar o dedo e gritar:

- Coqué ta sem cueca!!!!!!! – Nunca se viu Coqué tão murcho, tão mudo, sem graça, e com sorriso amarelo. O cara da Bahia ficou sem palavra, sem samba, além de já está sem cueca...

E agora Coqué? Segure seu samba, vista sua roupa completa da próxima vez, e venha se bulindo depois, porque a turma gostcha mutcho!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Confraria do Dendê vai, e vc?


Morar longe da terra é faca de dois gumes. Por um lado você corre atrás de desenvolvimento profissional, melhores condições para estudar, crescer social e culturalmente, e atrás (por que não?) do lado financeiro... Por outro lado fica a saudade, as lembranças, a família longe, as amigos de uma vida inteira...

E você pensa em sua gente, sua cidade, as pessoas de rostos conhecidos, sente falta do cheiro da cozinha de casa, do fim de semana cheio de gente ao redor. Mas mesmo estando longe, todo mundo tenta aliviar essa saudade, junta-se a quem está na mesma situação, vai conhecendo gente que vem da mesma cidade, mesmo estado.
Aqui em Brasília é assim, essa baianada parece que tem imã, ou um dispositivo localizator baianation acoplado dentro de si. E nos acharam, Baianidade Candanga chamou, e a Confraria do Dendê vai comparecer, e estou usando o blog essa semana para divulgar o evento, espero vocês todos lá:
Email passado por Marcelo Torres, presidente da Baianidade Candanga (importante ele, né?):

Baianidade Candanga

22 de agosto - das 13h às 20h, na AABB Brasília

Entrada: camiseta (15 reais) ou ingresso (10 reais)
Vejam, abaixo, novidades e informes gerais.

Leia até o fim, pois não vai doer, não paga imposto, não engorda nem pega gripe suína...

Som ao vivo: Bandas Língua de Gato e Q Será.

Língua de Gato -samba de roda, samba do Recôncavo etc.
Banda Q Será - - clássicos baianos:Asa, Eva, Chiclete, Cheiro, Beijo, Banda Mel, Ivete DJ Emerson - músicas baianas de vários estilos (vasto repertório).

Capoeira lá-lá-lá: apresentação de capoeira e um pouco de puxada de rede, uma parte artística do evento, que tem todos os anos. Será das 14h30 às 15h.

Naftalina: quem tiver camisas antigas de outras Baianidades, leve-as. O diretor Marcos Joaquim nos prometeu levar todas as camisetas de sua coleção, para fazer uma pequena exposição lá no local. Uma idéia bacana.

Paitrocínio: provavelmente, a Cooperforte vai dar um apoiozinho ao evento. Qualquer banda de conto já terá uma serventia da porra. Mas eles vão dar...

Banda Batalá: não sei se vocês já ouviram falar na Banda Batalá, que é tipo a Banda Didá, de Salvador. Banda só de mulher, são 60. Tô tentando ver se elas fazem um pocket-show. Tô negociando um cachê bom para nós e para elas.

Cordelista-repentista: tem um baiano de Ibititá morando em Brasília há muitos anos, ele é um poeta, cantador, repentista, trovador, cordelista. Tô buscando contato com ele. A idéia é que ele faça uma apresentação de cordel de uns 5 a 10 minutos, para dar mais diversidade + arte + cultura. O site dele é http://www.gustavodourado.com.br/

Portaria/cadastro/site: todas as pessoas que entrarem no evento serão cadastradas. Pediremos nome + email + telefone, para futuros contatos, divulgação, convites. Para isso, haverá uma pessoa na entrada coletando esses dados. Quem achar que vai demorar, por achar que o baiano vai demorar, é só se antecipar e fazer o check-in eletrônico em http://www.baianidadecandanga.com.br/.

Adesivos: acatando sugestão de Bruno Nunes, vamos fazer 300 adesivos da Baianidade Candanga. A imagem será a de dois candangos tocando o tambor do Olodum. Venderemos lá no dia.

Ingressos: serão encomendados a uma gráfica 400 ingressos; cada ingresso terá uma numeração e uma parte destacável, para servir para o sorteio de brindes e também servirá como lembrança da festa, para colecção e tudo o mais.

"Amizade fácil": para evitar que as pessoas se fecham em grupinhos, isoladas em mesas, vamos promover ações de "amizade fácil", ou seja, ações que juntem as pessoas, que as aproximem, integrem uns aos outros.

Brindes: vamos sortear diversos brindes (alguém aí do BB pode nos doar?)

Baiana de Acarajé: O preço não pode ser acima de 5 reais. Alô, Sávio! Pega essa aê!

Homenagens: vamos confeccionar uma placa para homenagearmos um baiano que nos honra pelo trabalho que desempenha, mesmo que muitos de nós não o conheçamos. Refiro-me a Luiz Amorim, soteropolitano da periferia (Periperi), que chegou analfabeto em Brasília, em 1973, aos 12 anos, e hoje é o maior agitador cultural da cidade, colocando livros nos pontos de ônibus, promovendo encontro de escritores e trazendo artistas que tocam na rua, de graça, para todo mundo. Ele é o cara do Açougue Cultural T-Bone, que traz artistas para o público, de graça, na 312 Norte. Saiba sobre ele http://www.t-bone.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=33&Itemid=71

No mais, é isso, galera. Quem tiver críticas, sugestões, contribuições, idéias.... mande-as... Como diz o nosso diretor Acácio, esse evento vai ser "indebocúvel" (não sabe o que é?).

PS: Dia 22 é dia da Bahia invadir sua praia, ou melhor, seu lago!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Galinha que anda com pato, morre afogada


Juju e Zezin acharam que aquele era um dia bom para comemorar a vida, comemorar qualquer coisa boa que acontecesse: o sol se pôr, a lua aparecer, uma estrela cair... E que tudo merecia um brinde. Zezin era macaco velho nesse quesito, acostumado a “cumê água”, já Juju entrou de cara no “novo desafio”.

Foram de bar em bar, de mesa em mesa, encontrando amigos, fazendo aquele social, tomando golinho, golão, virote, provando chiboquinha, fogo paulista (quem bebe, sabe do que estou falando), as vezes apostavam:

- Com classe! – gritavam. Ou: - Sem classe! – explicando: “com classe”: beber o copo todo, mas devagar. “Sem classe”: famoso virote sem intervalos.

Lembraram que tinha show na cidade, que alegria, que emoção, tudo lindo! Encontraram a irmã de Juju, Beth (também turbinada com cerveja) e uma amiga, Bia (a única sóbria nisso tudo). Foram.

Juju e Zezin trocavam as pernas pelo caminho, risadas gerais, Juju com um refrigerante na mão pra rebater o álcool. Assim que entraram no show e o som tocou, Juju desabou, apagou, e foi levada nos braços pelo policial de plantão no local, e foi levada pra o pronto-socorro de viatura.

Enquanto era atendida, os 3 amigos davam informações para os PMS relatarem no B.O. O médico, amigo da família ficou surpreso, nunca sabia que Juju bebia, ainda mais pra ficar naquele estado. Beth lá fora, que estava no balanço também, inventa de soltar uma pérola para o policial:

- Moço será que colocaram entorpecentes na bebida de minha irmã? E se tinha metanol na bebida?

- É provável. – respondia o policial sem esconder a cara de riso. Depois disso foi Bia quem respondeu o restante das perguntas. Beth e Zezin ficaram sentados na calçada esperando notícias.

A noite terminou com Juju na glicose, Beth chorando pela irmã, e Zezin dando risada, e ao mesmo tempo indignado por não ter aproveitado nada da festa. Baixinho ele repetia:

- Se não consegue acompanhar pato, não entre no lago pra nadar!

terça-feira, 21 de julho de 2009

De repente foi gol contra


Um amigo reclamou como a noite em Brasília é curta, e que sempre gostou de aproveitar até a última gota, mas que já se deu mal querendo esticar a madrugada.

Saindo de um bar, depois de um dia inteiro, Sevé, sua mulher Ritinha, Ari, Deusa e Pedrão pensaram: - Porque não aproveitar o viola e a lua? E foram para a porta do prédio onde Sevé morava. Abro um parêntese para dizer que Brasília é conhecida por suas regras do silêncio noturno e pela secura entre alguns moradores. Enfim, lá foram eles, ainda tontos com álcool, e com aquele repertório de gosto duvidoso. Um arrocha, um pagode, uma música brega, e um tal de forró do riscafaca (tudo junto, segundo a reforma ortográfica), a música era sucesso nas rádios nessa época. Seve começou a cantar:

- “De bar em bar, de mesa em mesa, tomando cachaça, bebendo cerveja... foi no riscafaca que eu te conheci...” – Para tudo, Sevé repetia essa última frase infinitas vezes:

- Essa parte da música é de f*. “Foi no riscafaca, faca, faca, faca, faca...” – Parecia disco arranhado, ninguém se agüentava de tanto rir.

Sem curtir muito a serenata debaixo de sua janela, um vizinho acabou com a brincadeira e jogou uma bacia d’água nos violeiros e seus cantadores, Pedrão e Ari. Todos pararam e se olharam por alguns segundos. Ritinha e Deusa rolaram de tanto rir. Ari se cheirava para conferir se era só água mesmo que veio lá de cima.

Pedrão, o valente, não se conformou com a cena e foi tirar satisfação. Isso era um abuso, uma ofensa sem tamanho! Nelson preocupado subiu as escadas junto com ele. Ritinha e Deusa medrosas se trancaram no apartamento de Sevé, enquanto ele lamentava com o porteiro a história toda.

De dentro do apê as meninas ouviram as batidas de Pedrão na porta que veio a água. Quando a porta se abriu, um negão 2x2 saiu de lá de dentro, só de cueca, já indo pra cima dos dois soltando os cachorros:

- O que é? Vocês pensam que eu sou algum palhaço, algun vagabundo? Eu acordo cedo. E já sei quem estava tocando, era o viad* do113!!!

A cena seria circense, se não fosse trágica. O vizinho emputecido descendo as escadas em direção dos dois, e eles descendo de costas tentando escapar daquilo tudo. As meninas saíram para tentarem ajudar. E chegaram também cunhado, irmã e sobrinha do parrudo para apaziguar a fuleragem.

Pedrão e Ari se separaram, Pedrão de um lado batendo boca com o “armário” de seis portas. Ari foi saindo com Deusa pro carro, só que ele deu azar na sua fuga, assim que virou de costas, o “armário” acertou em cheio o pé na bunda do coitado. Sabe quando você dá aquele pulinho pra frente? Foi desse jeitinho. Nem Pelé chutaria mais bonito.

Todo mundo foi pra sua casa, tudo se acalmou. Meses depois, Deusa contou essa história para um amigo de Pedrão, incrédulo por nunca saber de tal caso, e chorando de rir, lamentou:

- Poxa, Pedrão só me conta os gols de placa... Gol contra ninguém quer saber de comentar!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amor de carnaval às vezes fica


Quem disse que o amor de carnaval não fica? Na próxima semana vou ser testemunha de um, o casamento de um par que se conheceu e se apaixonou em pleno carnaval de Salvador.

Tenho que dizer também que Dondinha, realmente, não tinha vocação para piriguete. Até tentou, chegou em Salvador com “sangue no olho”, prometendo beber, pegar colar dos Filhos de Gandhy, dormir na calçada, ver o Ilê passar, seguir o arrastão na quarta de cinzas... Não cumpriu nada disso.

E Dondinha conheceu Bira. Saíram todos os dias juntos, dividiram o mesmo capeta, a mesma latinha de cerveja, e dos Filhos de Gandhy... Eles só ganharam a borrifada de alfazema e o “ajayô”...

Por coincidência estavam hospedados no mesmo apê com outra turma grande, e foi com eles que aconteceu o oposto. Numa das tardes regadas a cerveja, Zé das Pirigas teve que buscar mais “combustível” no bar da frente e na volta, subindo no elevador do prédio, encontrou uma mulher vestida com abada de algum bloco, e puxou conversa:

- Já ta pronta, né? E esse bloco todo... tá bom mesmo?

- Tá. – Respondeu meio com desdém.

- E hoje vai ter beijo na boca?

- Pode começar agora... – E Zé que iria parar no segundo andar, seguiu beijando até o 12º.

Carnaval na Bahia é assim, amores seguem até o altar, outros até o 12º andar...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Passeando por Brumado


Desculpe a demora de voltar aqui, férias são sempre assim, televisão, internet, livros, tudo fica pra trás...

Hoje começa tudo novo de novo. Mas tenho que falar do mês de junho, foi bom voltar pro interior, rever os amigos, ouvir um forró, dançar agarradinho... O coração volta melhor, e com mais saudades também.

Para quem conhece Brumado, no sertão da Bahia, vai conhecer alguns nomes que vou citar aqui. Se algum dia você for à festa junina lá da cidade tem que aproveitar e conhecer figuras interessantíssimas.

Tem Valdíria e sua moda inconfundível, sempre com algum lençol, blusa com paetês pelo meio da rua, não tem vergonha de mostrar a mulher livre que sempre foi. Anda pela cidade inteira, às vezes com uma flor na mão, às vezes com um cajado, olha no seu olho e te diz logo se você é boa pessoa ou não.

Zé de Maria... como não rir com ele? Sábado mesmo lá estava no forró, com aquela voz de alto falante velho: “Aqui é Zé de Maria, Skol Brahma, é Zé de Maria!”. Dançou o tempo todo sozinho, até tentou chegar em algumas meninas, mas com aquela pele vermelha do sol, e cheiro da bebida... melhor não arriscar.

Além desses tem outros tantos, que só indo lá pra saber. Nesse mês teve os forrós de Marcão, violão no Boca Nervosa, as festas nos bairros Olhos D’água, 2 de julho, aniversário da cidade... Eu recomendo. Lá, mesmo sendo forasteiro, você vai conhecer em poucos dias uma boa parte das pessoas da cidade, muito provável se apaixonar por uma sertaneja também, ou encontrar um caboclo que roube seu juízo.

Tem também o acarajé de Sirlene, D. Rita, o picolé da Q-sabor, o Escritório, onde a última coisa que se faz é trabalhar lá dentro. Agora tem o espetinho do Marcelinho, no Jurema, de R$1,00! Ninguém acredita nisso, mas comprove lá. Tem que provar também uma traíra no Bar do Peixe. Tem os bares dos donos... Bar de Zira, Bar de Valdir, Bar de Marcão...

E as praças? A da matriz melhor ir em dias de missa, a Armindo Azevedo ficou para o comércio, e a praça Cel. Zeca Leite, a praça da prefeitura, é o lugar de encontro de todas as horas, tem suas palmeiras, os sabiás nunca vi... É onde todo mundo se vê, todo mundo se reencontra, e foi lá minha primeira noite de férias. Forró tocando, quentão para acompanhar, e matando a saudade dessa cidade tão comum como tantas outras e tão cheia de histórias pra contar.

Tchau Brumas, daqui a pouco volto!
Foto: Pça Cel Zeca Leite

sexta-feira, 12 de junho de 2009

B.O.

Por mais que tenham histórias acontecendo, as mais engraçadas sempre têm alguma bebedeira pra começar. Cuidado com o álcool! Ele te faz aprontar coisas que você não ia querer saber. Foi assim com Toninha Boca Quente... Não me perguntem o porquê do apelido, já conheci assim.

Depois de uma tarde inteira tomando vodca com 3 amigos, ela e Bia Sarará foram se encontrar com o turma toda num forró. Antes de chegar lá Toninha estava turbinada, e descendo as escadas da casa de Bia, a mulher saiu se despencando toda lá de cima, igual fruta caindo na feira.

- Pxxxxxiuuu! Não conta pra ninguém que eu caí não, viu Bia! – Mas bastou encontrar com os amigos na porta do prédio que ela mesma tratou de dizer que tinha caído da escada e que achava que tinha quebrado o dedo do pé, e ninguém sabe como ainda andava de salto...

No meio do caminho essa mulher endoidou dentro do carro, ligando pra uma amiga que morava com ela, isso tarde da noite, dizendo que tinha um scort perseguindo o carro deles, e que estava com medo de ser sequestrada. Nessa hora ninguém se agüentou, todo mundo riu de Toninha. O scort era o carro importado de Paulão que estava acompanhando ao lado deles.

No forró, a farra continuou, mas antes disso tenho que dizer que Toninha estava de blusa decotada, uma bermuda bem apertada, salto altíssimo, e uma tornozeleira que ganhou o apelido de pulseira de Joelma, pela “discrição” da peça... E Nadinho Piauí ficou doido quando viu aquilo tudo na frente dele.

Toninha ainda bebeu várias caipiroscas, mesmo com os pedidos de Bia pra encerrar a cachaça. Bastava ela fazer um movimento, cruzar e descruzar as pernas, levantar a pulseira de Joelma que Piauí enchia a mesa de bebida. E perguntava:

- O que eu faço para ter essa mulher, meu Deus? – Mas a única coisa que ele conseguiu era ouvir as risadas de Toninha. Ela ia dançar sozinha no salão, as amigos atrás vigiando pra não dar confusão, e voltava pra mesa, bebia mais uns goles, sentou no colo de Paulão... Quando viu um rapaz feinho se aproximando, não pensou duas vezes antes de dizer bem alto:

- Minha Nossa Senhora, que visão do inferno! – Ninguém soube pra onde se virar na hora, por pouco o rapaz não veio tirar satisfação, só fez uma cara pior que o normal e saiu. Chamou outro que estava na mesa de cabeçudo, filosofou com Piauí, dançou uns forrós no meio do povo, até que a bolsa caiu no chão, quando Toninha abaixou pra pegar essa bolsa... Nunca viram tanta cerveja e vodca aparecer tão rápido na mesa! Piauí enlouqueceu. Os outros só davam risada.

Que eu posso contar mais? O que posso dizer é que virou caso de polícia....

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Peru de Natal

Está maluca? Estamos em maio ainda! Calma pessoal, não falarei da festa do final de ano, é apenas uma metáfora ou uma analogia com a expressão e o fato acontecido.

Uma tal confraria resolveu fazer uma festa para comemorar o mês de junho, e organizaram um forró para reunir todo mundo. No dia foi uma correria só, confirmar quem ia, preparar os comes e bebes, arrumar o salão de festas, tudo tinha que está pronto ao meio dia, o arrasta pé começaria às 13 horas.

Todo mundo foi a caráter, chapéu de palha e blusa xadrez para os homens, vestido rodado e trança para as mulheres. Bandeirolas no teto, quitutes na mesa e forró rolando no som: a festa começou. Justo nesse dia, Zé Firmino, amigo de um membro da turma, havia acabado de chegar na cidade e foi levado pra bagunça. Chegou lá no início da tarde e deu de cara com Ana Rosa, cabelo preto, liso, sorrisão pra ele... Zé começou a pensar como ia dar um jeito de chegar em seu alvo. Percebeu que ela gostava de bebida, dava uns golinhos no licor, uma provadinha no quentão, e isso 2 horas da tarde, naquele sol...

“É isso! Basta manter essa mulher nesse ritmo. De copo em copo eu chego nela facim, facim, tá no papo”, pensou ele. E vendo que deixaram uma garrafa de uísque na mesa, tratou de encher o copo e ofereceu pra Ana Rosa, ela que não era de fugir de desafio nenhum, aceitou. E começaram aquela competição, era um enchendo o copo do outro, Ana Rosa empolgou! Rodava o salão, dançava forró, dava risada de tudo, a bochecha estava vermelhinha e quando viu que seu copo estava ficando vazio dava um gritinho pra quem estivesse por perto:

- Uíííííísqueeeee! – Era o sinal de que queria mais... Gelo? Pra quê?! Já estava recusando. O melhor era puro. Vocês pensam que passou muito tempo do início da festa até esse momento? Que nada... Ainda eram 15 horas quando Ana Rosa já estava pra lá de Bagdá.

Só que quando ela deu uma de suas rodadas pelo salão, puxou uma amiga pelo braço:

- Olhe, eu vou pro apartamento de Leninha, porque já estou passando mal demais. – Leninha que morava no prédio da festa, levou Ana Rosa lá para cima, e deixou a defunta lá.

Depois de algum tempo Zé Firmino notou que sua vítima não o chamava pra dançar fazia um tempo, e foi perguntar pra seu amigo:

- Poxa rapaz, cadê Ana Rosa, será que foi embora no início da festa?

- Você queria o que? Achou que a menina era peru de Natal? Que tinha que embebedar de véspera? Você fique na sua, porque uma hora dessas, a única coisa que o peru que você escolheu precisa é: de glicose!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Risca faca na ambulância


Por falar em forró, São João, festa junina... Lembrei de um episódio que aconteceu na época de faculdade de 3 amigas, tempo em que tudo é possível, e nada nos impede.

Foi num desses shows de grandes bandas de forró do nordeste, que as 3 (Severina, Julieta, e Raimunda) foram para o parque de exposições da cidade, e lá não se pode dizer “não” a um convite para dançar, pode ser considerado até como ofensa. O show foi embalado com forró moderno, forró com teclado, e até o mais tradicional, com o sanfoneiro famoso no nordeste, Flávio José.

As 3 dançaram de tudo, foi um tal de bate-coxa e rala-fivela, até que conheceram 3 figuras no salão, todos com jaqueta de couro, botina, e o fivelão prateado. Um moreno alto, um meio branquelo e magrinho, e o outro... minha gente... era a cara daquele comediante, o Shaolin. Severina se engraçou logo com o moreno, e sobrou para Julieta e Raimunda aguentarem os outros dois a noite toda. Depois de muito dançarem, a festa terminou, mas a noite desses seis... ainda ia acontecer algumas situações estranhas.

Saindo do parque, Julieta e Raimunda acharam que iriam pra casa descansar, mas Severina contou que seu moreno tinha convidado as 3 para continuarem a noite em outro forró, do outro lado da cidade. Raimunda lembrou logo:

- Mas não é risca faca esse lugar? Acho meio perigoso.

- Verdade, melhor a gente ir pra casa, outro dia a gente marca de sair de novo. – Sugeriu Julieta.

Porém, Severina não queria perder a chance de dar uns beijos no seu morenão, e depois de insistir muito, conseguiu convencer as duas amigas. Quando o carro encostou para pegar todo mundo, as 3 se entreolharam sem acreditar no que estavam vendo... Uma ambulância daquelas antigas, parecia uma Belina, ou alguma coisa desse tipo. Raimunda se segurou pra não dar uma gargalhada ali mesmo, e puxou Julieta pra dentro pra nenhum conhecido saber que as duas tinham entrado num carro assim.

Todo mundo acomodado, o magrinho que estava dirigindo resolveu ligar o som, no último volume. Quase estourou os tímpanos de quem estava no banco de trás. Julieta, não se sabe como, tirou dois pedaços de algodão de dentro do bolso e colocou nos ouvidos, e já estava vermelha de tanto conter as gargalhadas com Raimunda.

Para completar a aventura, quando chegaram no risca faca e começaram a andar pelo meio da festa, todos ali olhavam para o grupo, e pelo avançado da hora, já estava todo mundo com cara de quem havia bebido muito, e que a noite não tinha sido das melhores.

Sentaram-se, e enquanto Severina aproveitava seu romance, suas amigas sofriam tentando escapar das garras dos outros dois. O sósia de Shaolin parecia não querer desistir de Raimunda, na outra ponta da mesa Julieta se esquivava de todos os jeitos do magrinho. D repente um pessoal mais nervoso da mesa ao lado iniciou uma discussão que parecia andar para uma briga, foi o que Raimunda e Julieta precisavam, levantaram-se depressa, pegaram Severina pelo braço, e saíram quase correndo:

- Vamos é embora daqui, você que se ajeite com seu moreno depois, não ficamos aqui nem mais um minuto, e nem vamos andar mais de ambulância. – Só deu tempo de Severina se despedir e passar seu telefone para seu amado.

As 3 ainda tiveram que voltar para casa escutando conselhos do taxista, dizendo que ali não era lugar para elas, e que era melhor não voltarem lá. Acho que nunca mais voltaram mesmo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Forró no interior

Quem passou junho no interior da Bahia, ou algum lugar do nordeste, vai se lembrar de como é boa essa época por lá. Aquele friozinho, a dança aquecendo o salão, e aquele trio perfeito: sanfona, triângulo e zabumba.

Os forrós no interior dão uma saudade da gota serena. Quem nunca recebeu um cheiro no cangote ao som de seu Luiz? Quem nunca viu o sol clareando depois de dançar a noite toda, com o quentão esquentando a garganta?

Geralmente a festa começa assim: todo mundo vai chegando, todos elegantes com suas botas, calça jeans, as mulheres com o batom na boca, os homens com cinto e fivela. Ainda naquela timidez inicial, você vai andando para o meio do salão, pra analisar o ambiente e ver se o mar está pra peixe.

De longe, olhando o palco, já se vê o cantador, o sanfoneiro mais de lado, o triângulo e a zabumba do outro. Sem querer seu pé já começa a se mexer, e o cheiro de quentão e do amendoim cozido vão invadindo a festa toda, o aroma parece te levar junto com o som da música.

Depois de alguns licores de jenipapo é hora de arriscar no arrasta pé. O cabra olha ao seu redor, fica de olho na morena, aquela do sorriso doce, o cabelo cheio de ondas, e o jeitinho matreiro. Respira fundo, vai até ela e segura sua mão:

- A morena não quer arriscar um forró comigo? – Ela nem responde, e vai entrando na dança.

A sanfona não pára, e cada giro que os dois dão é um cheiro roubado no cangote da morena. E toca um forró pé de serra, um xote, arrasta pé... Largar essa danada? De jeito nenhum! Parar só se o show acabar, ou se o chamego aumentar...

O bom é isso, tudo muito colorido, muitos cheiros, sabores, fica impossível não tornar-se cúmplice desse cenário. Luiz Gonzaga era quem tinha razão de não querer largar a terrinha dele. Não há lua mais bonita, nem estrelas que mais brilhem do que no sertão, nas cidadezinhas do interior.

Se algum dia inventarem alguma mistura melhor do que sanfona, triângulo e zabumba me avisem! Enquanto isso, estou indo ali num forrózinho, porque essa noite está fria e a lua cheia está me chamando pra festa!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mente sã, corpo nem tanto


Dizem que baiano é, antes de tudo, um forte. A frase não é bem essa, mas estou fazendo meu uso dela. Um cabra macho, retado e confiante resolveu testar suas condições físicas. Zeca Sariema (apelido dado pelas suas atléticas pernas) resolveu seguir o conselho de um amigo. Deixou um pouco de lado aquela vida de farras e cachaçadas e investiu na malhação.

Procurou uma academia na capital federal e foi se matricular. Perguntou para a atendente que aula poderia fazer naquele momento. Pra que esperar? O bom seria começar isso logo. Ela informou que entre outras, iria começar a aula de spinning.

- A bicicleta? Moleza! Vamos lá. – Com tanta mulher fazendo, essa seria mais fácil, pensou ele.

Sariema entrou na sala e até se animou, tanta perna, tanta coxa... Pedalar ali seria o paraíso. Acomodou-se no meio das alunas e recebeu instruções do professor:

- Olhe, a aula é um pouco puxada, se você não agüentar pode sair antes, não tem problema.

Zeca avisou que estava tudo bem, e ele aguentaria sem problemas. Para sua surpresa a primeira música que tocou era baiana, da Timbalada, A Latinha. E começou: “Fiquei sabendo que cachaça não é água, não tem nada, não tem nada não...” Até aí pedalada leve, de repente tudo foi mudando, subida, mais peso, mais velocidade, e veio o primeiro refrão: “eu quero uma latinha transbordando você, eu quero uma latinha pra botar o que beber...”

Minha Nossa Senhora! Sariema nunca tinha colocado aquelas perninhas pedalando tão rápido e de pé praticamente, o suor mostrava que já estava derretendo, a boca aberta procurando todo ar que conseguia puxar, olhou para o relógio na parede, dois minutos de aula!!!

O professor pediu ritmo mais leve e lá vem a primeira parte da música se repetindo, quando o baiano retomou um pouco seu fôlego, olha o refrão voltando: “ eu quero uma latinha transbordando...” Tome-lhe pedalada acelerada – Pedala Zeca! – E lá foi ele. Não era mais ele, Zeca não sabia mais de onde tirar força pra movimentar aquele pedal, e foi assim até o terceiro refrão, quando olhou de novo para o relógio: cinco minutos! Não é possível! Tanto suor, tanta força e aqueles ponteiros não saíam do lugar!!!

O coitado só levantou o braço e disse ao professor que teria q sair, não se sabe como conseguiu chegar até a recepção e sentar no sofá, nem sentia mais as pernas. A funcionária lhe trouxe água, pediu que ele descansasse antes de sair. Zeca pensou que o melhor seria sair logo, antes que as alunas terminassem a aula e o vissem daquele jeito, botando os bofes pra fora. Atravessou uma rua, chegou na avenida principal e quando pensou em passar para o outro lado... Ai! Câimbra na perna direita. Deu dois passos mancando e massageando a coxa... Câimbra na esquerda também! Quase caiu, sentou-se rápido na calçada, morrendo de dor, só pensou em uma coisa. Pegou rápido o celular e ligou para o amigo que tinha recomendado a academia:

- Seu FDP, seu @#$%&**!!! Nunca mais me tire da vida de comedor de água! Pelo menos minha cerveja nunca me deixou sem andar!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bêbada sim, carregada nunca!


Um dia desses, numa mesa de bar, depois de um dia cheio de nada pra fazer, os amigos resolveram tomar uma. Foram pra lá, Neco Migo, Toninho Mão Boba, João Linguarudo, Deco Pé Inchado e as duas Chica e Tina.

Tina resolveu chamar um cara que ela estava de olho, mas pra que ligar tão cedo? A rodada nem começou, não é?

- Ô amigo, uma caipirosca! – Tina já se preparava pra noite com um álcool pra relaxar (sem moderação). Depois dessa frase a dose já tinha acabado.

- Garçom, mais outra! – Estava tudo lindo, muita risada e fofoca. Melhor seria ligar agora... Mas antes...

- Moço traxxxxx outra dessa aqui que tá maaaasssa! – Foi aí que todo mundo se olhou.

- Porra, tá com raiva é Tina? – Sacaneou Pé Inchado.

- Não é da sua conta! – e continuou com o garçom – Moççç, eu quero ôta. – Nessa hora Tina ligou pra vítima. Mas mandou o coitado para o outro lado da cidade.

Depois de virar a terceira rosca, ela já estava com o rosto vermelho, rindo de qualquer frase sem graça, e brigando com quem falasse da bebida. Chica chamou a empolgada para ir ao banheiro. Para chegar até lá: no meio do caminho havia uma escada, havia uma escada no meio do caminho... Segurando nas duas paredes, Tina desceu, respirou fundo lá dentro.. Poxa o chão já não estava tão reto...

Voltou pra mesa, sentou com aquele riso mais amarelo, olhou pra todo mundo, aquele povo tão distante, tudo meio torto, olhou de novo pra Chica e sussurrou pra ela:

- Vamo pro banheiro de novo agora, uuurrrrgente! – O caminho da ida foi feito em segundos.

- Ma rapaz, eu falei que você tava bebendo rápido demais... – Não sei nem se Tina ouviu o Chica falou, porque entrou correndo e começou a passar mal (pra não dizer coisa pior).

No andar de cima, o amigo que estava do outro lado da cidade já tinha ligado, João Linguarudo mandou o pobre vir pro bar certo. Lá embaixo, por mais que Chica insistisse, Tina não saía do lugar, o chão, a parede, o banheiro... Eram seus melhores amigos, sair dali nem pensar.

O carinha chegou ao bar, perguntou pela sua Tina, João não perdeu a chance:

- Ela tá lá embaixo, no banheiro, bêbada. – E soltou aquela risada. O coitado desceu, mas não conseguiu ver Tina e foi embora.

Deco, o mais corajoso pra tirar a embriagada de lá debaixo, invadiu o banheiro e tirou Tina lá de dentro. Subiu as escadas com ela pendurada do seu lado, e lá no topo, Tina pensou, “perdi o bofe, mas não perdi a dignidade”, e sugeriu pra Deco:

- Deixa eu segurar na sua cintura pra não parecer que você tá me carregando?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O dia que até pirata preferiu andar na prancha...


De todas as histórias que já ouvi, dessa tenho certeza que não esqueço. Um amigo que conheci em terras longe da Bahia, mas que é chamado de “o terror de Aratu” estava meio carente e solitário, distante do seu habitat natural. Num final de ano desses, tempos em que o coração fica mais meloso e a cama fica mais gelada (apesar de ser nosso verão), Cacá, o chuparino, finalmente parecia que ia se dar bem no bar com os amigos e as gatinhas, cenário: sábado ensolarado, cerveja gelada... Tudo conspirando a favor...

Dizinha, amiga do chuparino em questão, já havia arranjado tudo, levou Liliu que também estava a perigo pra ver se a coisa andava. Fez com que os dois sentassem juntos na mesa, e deixou o caminho aberto para Cacá. Era só ele fazer a sua parte.

E porque não contar suas aventuras na Bahia, seus tempos de chuparino, pegador e cachaceiro da Ilha? Ah... com certeza Liliu ia se surpreender com tanta desenvoltura do nosso rapazinho. Então melhor contar de vez: (com sotaque de baiano e as porra)

- Rapá, bom mermo era quando a gente ia p Ilha. Tinha pra ninguém não, papá. Era eu aqui (dizia batendo no peito) que derrubava todo mundo cumeno água. Num fim de semana que a galera foi p Ilha, passamo a noite toda na cachaça, no outro dia já acordamo tudo arisco, foi todo mundo direto pra praia com Montilla e coca. Sentamo na mesa e foi desde cedo dominó e cuba, cuba e dominó, até tinha umas piriguete freca como a porra acompanhando a gente lá.

Liliu achando um pouco demais, mas ouvindo tudo com interesse, estava até dando mole pra Cacá. O pessoal da mesa imaginou o que vinha pela frente e tentou mudar o assunto, masque nada... ele se encheu de empolgação e continuou:

- Pois é, tava lá meu amigão Deco Lorota, Pedrinho maluco e cada gota da cuba era disputada, uma hora que o dominó empolgou lá acabei derrubando o copo de cuba na mesa... Ia desperdiçar, papá? Lógico que não, virei a mesa de quina e encaxei na boca pra não perder nada e virei...

Cada palavra que Cacá dizia Liliu ia mudando de expressão, de espanto passava por horror chegando até o nojo... Mas o auge da Ilha ainda estava chegando

- Imagine aquele sol forte bateno na cabeça da gente, eu começano a suar, olhei pro limão dentro do copo, oxe... pra que melhor? Meti a mão, e dei aquela passada do limão no braço, e pronto! Botei o limão de volta no copo, ele dobrou de tamanho quando voltou pra cuba! (Nessa hora até o pirata do rótulo da Montilla preferia ter tapa-olho dos dois lados)

Como se não bastasse a história épica, Cacá finalizou a narrativa passando o alface do tira-gosto que estava na mesa no óleo do prato fez o bolinho na mão e mandou pra dentro. Liliu já não sabia mais o que fazer... Aproveitou que Dizinha foi no banheiro, e quando voltou sentou do outro lado da mesa.

Cacá, chuparino, não entendeu nada. Depois de apostar todas as suas fichas, contar sua maior aventura, viu sua conquista dar uma de gostosa difícil. E foi reclamar indignado com a Tonhão:

- Porra velho, tava tudo ino tão certo, não sei porque desandou! (Uma hora dessas o pirata já tinha se jogado da prancha...)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Segura a arrastão


Não adianta reclamar, o artigo no título é feminino mesmo, e a arrastão em questão é uma meia, mas a questão mesmo é o que uma meia dessa pode fazer com um caboclo, ainda mais num forró.

Certa vez, num São Pedro no interior da Bahia, Valdo, caboclo que se achava esperto, namorador foi no forró com os companheiros, o arrasta pé estava bom, pé-de-serra, um quentão, amendoim... Tudo pra deixar o cabra doidinho.

E a caça começa, é um tal de circular pelo meio do povo pra vê as meninas, aquele perfume de flor pelo salão... Eita, Valdo não se agüentou! Catou uma morena pra dançar. Aquele cheirinho no cangote, rosto colado... Valdo ia se aprochegando na menina, e galanteava, ela ria, parecia que estava querendo também...

Até que no meio do rala fivela, os dois não se agüentando mais resolveram sair do meio do salão e foram atrás do palco perto de um curralzinho. Valdo naquela empolgação, no “vuco-vuco” confessou pra sua morena:

- O que mais me endoidou morena foi essa sua meia infocada. – E foi um tal de testar essa meia com a mão, que a moça se soltou e começou a bulinar Valdo também, o caboclo que não era besta nem nada foi deixando, achou que a menina só queria se fazer de tímida, mas era danada da gota serena... Valdinho aproveitou.

Depois de quase perder o juízo, Valdo resolveu que era hora de voltar pro salão, ainda tinha que encontrar os amigos e voltarem pra casa, numa cidade vizinha. Despediu da morena, ainda ficou com o perfume dela lhe provocando.

No salão contou pros amigos a história toda, era seu troféu do dia, na hora de pegar outro quentão pra continuar a festa, Valdo ficou nervoso:

- Cadê minha carteira? – A gargalhada foi geral, logo o Valdinho se deixou enganar pela morena, e sua meia arrastão... Ele rodou atrás da mulher, mas quem disse que ela ainda estava por ali? Valdo ainda deu sorte de achar um amigo de carro pra voltar pra casa, porque seu dinheiro aquela noite foi pra pagar o serviço da morena. E o pior foi aguentar a resenha do amigo na volta.

- Ê Valdo, essa tal de arrastão te arrastou mesmo hein... Nem teu dinheiro ela perdoou... – E deu risada até deixa o pobre em casa.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O paraíso é logo aqui



Antes de falar de qualquer outro lugar tenho que abrir um parêntese para a metrópole, o paraíso perdido, Brumado. Sem ele minha história não seria a mesma, e as melhores coincidências também não.

Uma vez ouvi alguém dizer que quem bebeu água debaixo daquela ponte não se separa mais da cidade, hoje em dia... humpf... não se pode dizer isso, com aquela água... Hoje quem bebe, morre e da terra não sai mesmo de jeito nenhum...

Enfim, deixando o meio ambiente um pouco de lado, falemos da cidade em si. Brumado é típica cidade do interior baiano, onde todos se conhecem desde criança, se cumprimentam e fofocam depois que você passa, é até engraçado, se não se incomodar com o disse-me-disse.
Um amigo que não vai lá há anos, sempre me pergunta como anda Brumado. Digo que está do jeitinho que ele deixou, os barzinhos da praça da prefeitura continuam os mais movimentados, todo mundo se encontra por lá, e que ainda é ótimo jogar conversa fora.

Existe coisa melhor do que encontrar todo mundo que você quer ver no mesmo lugar? Assim é Brumado. "E Nininha?" _ "Ah, não soube? Engravidou do noivo e casou" "E Fiin, ainda está estudando fora?" _ "Que menina... deu calote no pai, voltou e abriu um boteco" _ "Fique aí achando... Aqui tá muito mudado, você fica fora e não sabe de nada..."
É assim mesmo, ali na calçada do bar, o pessoal te conta tudo de todos, mesmo que você não pergunte... E assim a noite vai passando, com música ao vivo, os artistas dali mesmo (ótimos por sinal)... É quando se dá conta que já é madrugada, você pensa que é hora de ir embora? Que nada, se rodar pelas ruas mais afastadas descobre que o movimento sempre continua em outros bares mais afastados, e quase sempre com o mesmo pessoal que você encontrou mais cedo na praça. Nessas horas que acontecem o que menos se espera...

Vá em Brumado e veja se não é verdade. Se duvidar depois me conte, vou está lá em algum barzinho da Praça Coronel Zeca Leite, e te conto tudo também... Não soube de Dondinha, filha de Dona Maria?... Mas menino...

terça-feira, 14 de abril de 2009


Dizem que todo nortista quando deixa sua terra leva um pouco dela dentro si... Mentira minha gente, leva muito, e em tudo que ele faz ou diz tem ali sua marca registrada, dizendo de onde ele veio e mostrando a saudade que ele leva...


E com baiano não é diferente, somos bairristas, somos apaixonados por essa terra e por sua gente. Como vocês sabem ainda temos um imã, que... ô bichinho para atrair mais baianos pra junto da gente...


Foi assim que tudo começou por aqui, dessa terra de onde falo agora, de Brasa City. Não é que por aqui achei um tanto de gente boa, um povo engraçado, tirado a piadista, cantor e tudo que de bom se pensar.


Onde todos se acharam? Na farra, no meio de um samba, numa roda... Podia ser diferente? Não podia. Podia ser sério? Menos ainda...


E fomos nos juntando, com risos, músicas e muita, muita história no meio disso tudo, no meio não, que não vou dar mole pra esse povo, basta dizer q tem muita história e pronto.


Quando tudo começar a ser dito vocês entenderão o porque do cuidado com as palavras...


Um abraço a todos!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fique na sua que ninguém te bole...


Vem aí histórias que vc prefereria não ter participado...
Alguns causos serão para matar a saudade da terra boa..