quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amor de carnaval às vezes fica


Quem disse que o amor de carnaval não fica? Na próxima semana vou ser testemunha de um, o casamento de um par que se conheceu e se apaixonou em pleno carnaval de Salvador.

Tenho que dizer também que Dondinha, realmente, não tinha vocação para piriguete. Até tentou, chegou em Salvador com “sangue no olho”, prometendo beber, pegar colar dos Filhos de Gandhy, dormir na calçada, ver o Ilê passar, seguir o arrastão na quarta de cinzas... Não cumpriu nada disso.

E Dondinha conheceu Bira. Saíram todos os dias juntos, dividiram o mesmo capeta, a mesma latinha de cerveja, e dos Filhos de Gandhy... Eles só ganharam a borrifada de alfazema e o “ajayô”...

Por coincidência estavam hospedados no mesmo apê com outra turma grande, e foi com eles que aconteceu o oposto. Numa das tardes regadas a cerveja, Zé das Pirigas teve que buscar mais “combustível” no bar da frente e na volta, subindo no elevador do prédio, encontrou uma mulher vestida com abada de algum bloco, e puxou conversa:

- Já ta pronta, né? E esse bloco todo... tá bom mesmo?

- Tá. – Respondeu meio com desdém.

- E hoje vai ter beijo na boca?

- Pode começar agora... – E Zé que iria parar no segundo andar, seguiu beijando até o 12º.

Carnaval na Bahia é assim, amores seguem até o altar, outros até o 12º andar...

3 comentários:

  1. Suas histórias estão cada vez melhores!!! Parabéns... Adorei.
    Beijos.

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  2. Marcelinha, genial,viu!!!! È PURA VERDADE! E OLHE QUE ESTA VINDO UM FOLIÃO AÍ NÉ!
    BJO

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