sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um samba!

Acordei com vontade de fazer um samba, mas não sou compositora, e agora? Mesmo assim fiz, e como deixei de postar aqui umas duas semanas, resolvi coloca-lo hoje mesmo no blog. Ah, para os músicos de plantão, quem quiser músico fique a vontade, mas tem que ser uma samba!!! E para quem é Amélia, cante e se rebele!

Samba pro meu nego

Resolvi compor o meu samba
Pra meu nego me fazer o café
Pra ver se ele levanta cedo
Pra ver se ele larga do meu pé

Arrume a gravata direito
Nego, anima para ir trabalhar
Deixa essa preguiça de lado
Que a noite você tem seu jantar

Refrão:
A vida é dura, neguinho
Melhor ralar por agora
Para com esse charminho
Fim do mês cê melhora

Eu vou batucar meu samba
Pra dançar na ponta do pé
Nego, bote comida na mesa
Não me engane com seu migué

Nego, sai desse teu caminho
Vê se deixa essa vida mansa
Larga teu cigarro e a bebida
Que trabalhar não te cansa

Refrão:
A vida é dura, neguinho
Melhor ralar por agora
Para com esse charminho
Fim do mês cê melhora

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quem disse que homem não repara no outro?

Toda vez que a turma de Coqué da Bahia se reúne, é aquela fuleragem. Samba de roda, fricote, lambada, samba reggae, e tudo que se tem direito. Todo mundo dançando, de papo, rindo, e por aí vai...

O que se imagina é que num evento desses esteja todo mundo a vontade... shortinho, camisetinha, sainha (no diminutivo pra ficar mais bonitinho). Só que o samba começa, e você começa a se mexer, a se bulir, e o que acontece? Tudo que está solto... balança...

E Coqué é assim: ordinário, danado, malino, baixaria, uma nigrinha... ouviu um tambor ele se contorce todo e requebra. Foi nessa requebrada que Coqué se quebrou. Com sua camiseta e seu bermudão, Coqué esqueceu de algum detalhe que não passou em branco por Didú, amigo de farra, e reparador oficial do figurino alheio (lá ele).

Didú passou o olhou de cima a baixo em Coqué se bulindo, e parou ali no centro... só deu tempo de apontar o dedo e gritar:

- Coqué ta sem cueca!!!!!!! – Nunca se viu Coqué tão murcho, tão mudo, sem graça, e com sorriso amarelo. O cara da Bahia ficou sem palavra, sem samba, além de já está sem cueca...

E agora Coqué? Segure seu samba, vista sua roupa completa da próxima vez, e venha se bulindo depois, porque a turma gostcha mutcho!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Confraria do Dendê vai, e vc?


Morar longe da terra é faca de dois gumes. Por um lado você corre atrás de desenvolvimento profissional, melhores condições para estudar, crescer social e culturalmente, e atrás (por que não?) do lado financeiro... Por outro lado fica a saudade, as lembranças, a família longe, as amigos de uma vida inteira...

E você pensa em sua gente, sua cidade, as pessoas de rostos conhecidos, sente falta do cheiro da cozinha de casa, do fim de semana cheio de gente ao redor. Mas mesmo estando longe, todo mundo tenta aliviar essa saudade, junta-se a quem está na mesma situação, vai conhecendo gente que vem da mesma cidade, mesmo estado.
Aqui em Brasília é assim, essa baianada parece que tem imã, ou um dispositivo localizator baianation acoplado dentro de si. E nos acharam, Baianidade Candanga chamou, e a Confraria do Dendê vai comparecer, e estou usando o blog essa semana para divulgar o evento, espero vocês todos lá:
Email passado por Marcelo Torres, presidente da Baianidade Candanga (importante ele, né?):

Baianidade Candanga

22 de agosto - das 13h às 20h, na AABB Brasília

Entrada: camiseta (15 reais) ou ingresso (10 reais)
Vejam, abaixo, novidades e informes gerais.

Leia até o fim, pois não vai doer, não paga imposto, não engorda nem pega gripe suína...

Som ao vivo: Bandas Língua de Gato e Q Será.

Língua de Gato -samba de roda, samba do Recôncavo etc.
Banda Q Será - - clássicos baianos:Asa, Eva, Chiclete, Cheiro, Beijo, Banda Mel, Ivete DJ Emerson - músicas baianas de vários estilos (vasto repertório).

Capoeira lá-lá-lá: apresentação de capoeira e um pouco de puxada de rede, uma parte artística do evento, que tem todos os anos. Será das 14h30 às 15h.

Naftalina: quem tiver camisas antigas de outras Baianidades, leve-as. O diretor Marcos Joaquim nos prometeu levar todas as camisetas de sua coleção, para fazer uma pequena exposição lá no local. Uma idéia bacana.

Paitrocínio: provavelmente, a Cooperforte vai dar um apoiozinho ao evento. Qualquer banda de conto já terá uma serventia da porra. Mas eles vão dar...

Banda Batalá: não sei se vocês já ouviram falar na Banda Batalá, que é tipo a Banda Didá, de Salvador. Banda só de mulher, são 60. Tô tentando ver se elas fazem um pocket-show. Tô negociando um cachê bom para nós e para elas.

Cordelista-repentista: tem um baiano de Ibititá morando em Brasília há muitos anos, ele é um poeta, cantador, repentista, trovador, cordelista. Tô buscando contato com ele. A idéia é que ele faça uma apresentação de cordel de uns 5 a 10 minutos, para dar mais diversidade + arte + cultura. O site dele é http://www.gustavodourado.com.br/

Portaria/cadastro/site: todas as pessoas que entrarem no evento serão cadastradas. Pediremos nome + email + telefone, para futuros contatos, divulgação, convites. Para isso, haverá uma pessoa na entrada coletando esses dados. Quem achar que vai demorar, por achar que o baiano vai demorar, é só se antecipar e fazer o check-in eletrônico em http://www.baianidadecandanga.com.br/.

Adesivos: acatando sugestão de Bruno Nunes, vamos fazer 300 adesivos da Baianidade Candanga. A imagem será a de dois candangos tocando o tambor do Olodum. Venderemos lá no dia.

Ingressos: serão encomendados a uma gráfica 400 ingressos; cada ingresso terá uma numeração e uma parte destacável, para servir para o sorteio de brindes e também servirá como lembrança da festa, para colecção e tudo o mais.

"Amizade fácil": para evitar que as pessoas se fecham em grupinhos, isoladas em mesas, vamos promover ações de "amizade fácil", ou seja, ações que juntem as pessoas, que as aproximem, integrem uns aos outros.

Brindes: vamos sortear diversos brindes (alguém aí do BB pode nos doar?)

Baiana de Acarajé: O preço não pode ser acima de 5 reais. Alô, Sávio! Pega essa aê!

Homenagens: vamos confeccionar uma placa para homenagearmos um baiano que nos honra pelo trabalho que desempenha, mesmo que muitos de nós não o conheçamos. Refiro-me a Luiz Amorim, soteropolitano da periferia (Periperi), que chegou analfabeto em Brasília, em 1973, aos 12 anos, e hoje é o maior agitador cultural da cidade, colocando livros nos pontos de ônibus, promovendo encontro de escritores e trazendo artistas que tocam na rua, de graça, para todo mundo. Ele é o cara do Açougue Cultural T-Bone, que traz artistas para o público, de graça, na 312 Norte. Saiba sobre ele http://www.t-bone.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=33&Itemid=71

No mais, é isso, galera. Quem tiver críticas, sugestões, contribuições, idéias.... mande-as... Como diz o nosso diretor Acácio, esse evento vai ser "indebocúvel" (não sabe o que é?).

PS: Dia 22 é dia da Bahia invadir sua praia, ou melhor, seu lago!