quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Caruru pra Cosme e Damião

Sábado é dia de FESTA!!!
“São Cosme mandou fazer duas camisinhas 'azul', no dia da festa dele, São Cosme quer caruru”
O que? Caruru de Cosme e Damião
Quando? 26/09
Onde? Na AABB
Q horas? 18h
E as contribuições?
Caruru: O caruru será de Bárbara. Seguindo as tradições, os amigos que quiserem ajudar a comprar os ingredientes podem ficar à vontade. (Felipe já trouxe o camarão seco e Pelé o dendê).
Bebidas: Mesmo esquema: cerveja e refri compramos lá, as bebidas quentes podem ser levadas.
Descartáveis: Isso precisamos providenciar. Quem se habilita?
Doces: Vou comprar uma leva. Mas quem quiser pode levar mais. Fartura nunca é d+!!!!!
Um pouco da história:
Os santos gêmeos são muito prestigiados e populares em todo o Brasil. Mas é em Salvador, Bahia, que a dupla ganha mais notoriedade, sobretudo no mês de setembro, quando são festejados, em grande estilo, com o famoso caruru. O prato ganha tanto a mesa dos ricos quanto a dos pobres, e é sempre seguido de muita fartura e festa. Uma das obrigações de quem prepara o caruru de preceito é pedir esmolas para conseguir os ingredientes necessários. Uma vez pronto, o alimento é servido, primeiramente, aos santos e, em seguida, a sete crianças. Somente depois vira banquete para os demais convidados e para a própria família que o preparou. O prato, à base de quiabo e dendê, tem origem na África, no
culto da sociedade yorubá aos Ibeji.

Todos os anos, ao se aproximar o dia 27 de setembro, data em que se comemora o Dia de Cosme e Damião, é comum encontrar pelas ruas de Salvador crianças e adultos atrás de esmolas (ingredientes) para a preparação do caruru dos santos. As pessoas mais abastadas pedem aos amigos uma ajuda simbólica, garantindo, assim, a tradição.

Embora a comemoração seja obrigatória no dia 27, os carurus baianos, no entanto, acontecem durante todo o mês de setembro e prosseguem até outubro, quando são festejados, no dia 25, São Crispim e São Crispiniano, que normalmente são confundidos na crendice popular com Cosme e Damião.

Representadas por duas crianças gêmeas, essas entidades eram cultuadas com presentes e oferendas de pratos típicos e doces nos rituais do Candomblé, que se repetem até os dias atuais. Entretanto, ao se tornarem escravos no Brasil, os africanos foram proibidos de cultuar seus santos de origem. Para burlar a vigilância de seus senhores, passaram a associar suas entidades aos santos católicos, o que chamamos de sincretismo.

Para que pudessem festejar seus Ibejis ou Erês (que significa criança que gosta de oferendas), os escravos adotaram os santos gêmeos católicos Cosme e Damião. É por esse motivo que Cosme e Damião, até hoje, são associados a crianças e se oferece caruru, balas e doces no seu dia. Embora o culto aos gêmeos tenha-se originado em longínqua data e em vários pontos da Europa, foi no Brasil, no entanto, especialmente na Bahia, que a fé nos santos ganhou mais força, juntando-se às devoções das raças branca e negra.

OBS: Preciso das confirmações pra fazer a lista e ter idéia do tanto de comida.
Bjs e até lá!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Você aqui!!!

Quando amigos que não se vêem se encontram, tudo é válido... Falar besteira, piadinhas sem graça, manifestações de carinho exageradas, exceder-se de várias formas é a regra em geral. Foi assim que me contaram como aconteceu com uns amigos que se reencontraram por acaso nos bastidores de um show, numa capital dessas aí....

Depois de fazer despedidas, dar tchau para todos, aquele chororô, Lió voltou pra sua terra. Quatro meses depois estava de volta à capital, não deu tempo nem da turma sentir sua falta. E num domingo de ócio, recebeu uma ligação de um músico, amigo seu de longas datas, pra aproveitar o show da banda dele de graça, quer melhor?

E lá foi. Passe livre em camarim, palco, muita badalação, um fuzuê, um vuco vuco, eis que surge Nena, que tinha ido na despedida de Lió, aliás conheceu Lió na ocasião, mas na capital, longe de sua terra, todo mundo é melhor amigo, amigo de infância, cresceram quase juntos. Quando se viram (apesar de nenhum lembrar o nome do outro) foi aquela festa:

- Rapaz!!!! Você aqui! Mas não tinha ido embora?! Que alegria te ver!

- Pois é, voltei! – E tudo ficou em família, Nena trabalhando no evento e Lió aproveitando de tudo. Soltou-se por ali, dançava sozinho, entrava e saia do camarim toda hora. E começou aquela coisa de reencontro: muita história, muito elogio, piadinha sem graça... Lió já era íntimo de todo que estava por ali, segurança, roadie, músicos, fotógrafo... O show do seu amigo acabou, todo mundo conversando enquanto outra banda se apresentava, e Lió sempre o mais animado.

O show da segunda banda acabou, vieram os músicos todos para o outro camarim, eis que encosta a van para levar todo mundo pro hotel. A banda entra e senta sossegada, de repente... Lió naquela sua ímpar empolgação, gruda na porta da van e começa a falar alto (pra não dizer gritar...):

-E aí? Gente, o show foi massa! Bom p c*! Parabéns!!! Essa é minha banda, essa é minha banda! – E enquanto repetia a última frase, o cantor tentava fechar a porta, que Lió teimava em segurar aberta. Nesse puxa pra lá e puxa pra cá, o cantor conseguiu se desvencilhar de Lió, fechou a porta e foi embora, acho que agradecendo por ter se livrado daquela cena.

Mas Lió estava feliz, nem notou o incidente, e continuou a vida na capital sempre se encontrando com os amigos, e agora com mais uma história pra contar.