terça-feira, 14 de setembro de 2010
Perfil de Zicão
Esporte na veia, só para atletas profissionais
Só divulgando pra você que quer ser ouro!
Estão abertas as inscrições para o evento que faz de um bêbado um vencedor na vida!
http://www.corridadacerveja.com/site/
Obs: Não tente fazer isso em casa!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Tião que não é mais Biquinha
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Jogaram uma bomba no cabaré...
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Tu não quis, tem quem queira
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Cabelo Bandido
Realmente me preocupa essa obsessão capilar nos tempos contemporâneos. Hoje em dia, nego faz qualquer negócio pra ter cabelo de propaganda de shampoo. Se disserem que titica de pombo alisa cabelo, as praças estavam todas limpas. No trabalho, aqui por exemplo, todo mundo sempre pegava no pé de Candinha:
- Mar mulé, deixe de criar esse cabelo igual bandido... Quando não tá armado, tá preso! Solte os cachos, solte. Ande com os cabelos ao vento, sem lenço, sem documento. – E Candinha disfarçava, dava seus risinhos pela sala, saía de fininho e mudava o assunto.
E por causa de tanta apurrinhação Candinha inventou solucionar seu problema dentro de casa mesmo. Dozinha, sua filha, tinha certeza que era cabeleireira, e Candinha foi na onda.
Certo dia me chega aqui na sala do trabalho Candinha desesperada, com aquele olhar de quem caiu no busú no meio do povo todo, e não teve um cristão pra ajudar.
- Ô minha filha, você num sabe o que eu passei nesse fim de semana com esse cabelo, com esse mafuá... – foi ela logo desabafando suas infelicidades capilares. – Dozinha, a mais velha lá de casa, inventou de passar uma tal de escova inteligente no meu cabelo, mas eu acho que de inteligente ela não tinha era nada, por que me esculhambou. Botei o troço e meu cabelo no sábado e domingo começou a cair.
E Candinha contava o episódio todo numa tristeza, numa angústia de dar dó. Relatou que olhava no espelho e achava que a testa estava crescendo, o ‘telhado’ estava ficando com umas falhas, e sobrou pra sua filha Dozinha.
- Você me paga sua nigrinha! Arruinou o meu cabelo. Ó pai ó, caindo igual umbu maduro. Ô meu jesus, o que eu faço agora?
Aquele chororó sem fim, não deixava nem Dozinha pensar direito, ela até sugeriu passar um produto antiqueda, mas Candinha não quis nem conversa. No cabelo dela Dozinha não tocava mais!
Só sei que depois do furdunço armado, o marido de Candinha deu a idéia dela ir na cabeleireira de sua confiança e fazer um tratamento para queda do seu cabelo.
Na semana seguinte, tudo mais calmo, Candinha me volta lá no trabalho com um rabo de cavalo mais ‘ripuxado’ que nunca. Ao menor sinal de alguém pedir pra que ela soltasse os cachos, a mulher rodava a baiana:
- Olhe, tá preso, e tá seguro, e não vai ficar armado! Quando eu fizer uma escova, e olhe lá, posso até deixar solto, mas agora quem manda aqui nele sou eu. E me deixe, vu!? Meu cabelo é meu e vai ficar em paz.
Depois dessa hein, Candinha... Eu que não falo mais nada, vai que cai de novo né?
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Três em uma
Quase sempre vem um povo me contar de umas enrolações, umas cantadas, e duplas formadas que chego achar que é brincadeira, mas não é não meu amigo... Não dizem que todo absurdo tem seu precedente na Bahia? Estou concordando com isso depois de certas histórias, hoje não vou escrever uma só, vou compartilhar mini causos para não ter que me estender em nenhum deles...
Chupada de amor não cresce coração...
... E pelo jeito não cresce mesmo, Selma saiu pra noitada com as amigas todas, e depois de todos os bares fechados em sua cidadezinha, foram parar na lanchonete da rodoviária. E um tal de amigo querendo tirar uma lasca aqui, outra ali, 4 horas da matina... até que um mais ousado chegou no ouvido dela falou alguma graça e meteu um chupão e uma mordida no rosto, se fosse Angélica, iam dizer q a pinta tinha mudado de lugar. Selma pirou com o canibalzinho. A história terminaria por aí, se no dia seguinte, por acaso Selma não ficasse com um cara que reparou na marca no seu rosto e soltasse:
- Você tá igual canudinho, toda chupada. – Selma ainda soltou uma piada dizendo que era picada de barbeiro, mas o rapaz a corrigiu explicando que a picada crescia o coração.
- É melhor do que tomar uma picada e crescer a barriga. – Pronto, resolvido, depois dessa o menino ficou sem graça e o papo acabou.
Lebre virando coelho, coelho virando rato
Dizem que o álcool dissolve todas as regras e controle de qualidade que tenho em mente, e começo a crer que sim mesmo. Juca criou o hábito de pegar tudo quanto era mulher que encontrava em festa e cachaçada, não importava como era. Olhou e sorriu, Juca conferiu. Mas querendo mudar isso e vendo que tinha tido a sorte de ficar com uma mais jeitosinha, pensou em continuar com ela, combinou de encontra-la num show na boate no dia seguinte.
Lá avistou a menina, ele já estava daquele jeito, (12 cervejas, uma seleta, três conhaques), encostou e reparou que a mulé já não estava tão filezinho como no dia anterior, mas foi... tinha marcado, né... e foi conversando, reclamando porque ela não tinha falado com ele na boate ainda, que ele só estava esperando por ela naquela noite, notou que a menina não entendia muito a conversa, mas estava gostando. Enfim depois de beijos e mais beijos, Juca abre o olho e ver passar em sua frente a bonita de cara fechada pra ele, que só fez virar o rosto e sair. Ele ainda processando o filme na cabeça, parou, olhou direito pra figura em seus braços e caiu a ficha que era outra baranga que ele pegou enganado...
Todo menino é um rei
E Doquinha também já foi rei. Numa roda de samba, ele que andava cabisbaixo, meio triste, com coração magoado, se viu sendo disputado por dois loironas. Uma alta, turbinada, e a outra baixinha, uma pimenta. Era Doquinha sambando mostrando seu molejo, e todo distraído não percebia que toda hora era puxado pro centro da roda pelas duas, disputando entre si a atenção do rebolation dele. A alta tinha vantagem, pois foi pro samba acompanhada de Doquinha, mas estava vendo seu reinado ameaçado pela audácia da baixinha. Essa sim estava na batalha, puxava Doquinha, encoxava, rebolava, descia até o chão... E Doquinha lá, nariz empinado, molejo afinado, só sambava, só sorria.
Até que depois, de tanto dançar a loirona puxou Doquinha pelo braço, deu-lhe um beijo, e zefiní,
Está na hora de tomar uma garapa, depois dessas.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Big Brother Bahia
Já percebeu que estamos na era da vigilância? Que tudo que você faz ou fala pode está sendo gravado, filmado, fotografado? Tem um amigo meu que foge de câmera fotográfica igual diabo foge da cruz... Não me pergunte o porquê...
Enfim, o causo é que sem tomar os cuidados com isso, Zé da Pomba me deu uma história prontinha para escrever aqui.
Zé da Pomba talvez nunca entrasse nesse blog, estava sumido das farras, e sossegado no seu lar doce lar. Mas como qualquer reprimido, quando a sua mulher viajou numa sexta, ele deu seu grito de liberdade! Ligou pra os amigos que não encontrava há meses, marcou uma cerveja, pediu que levassem violão, timbau, a miséria toda, porque essa sexta iria virar sábado fácil.
Só tinha uma coisa que Zé não podia esquecer, assim como a cinderela, aliás pior que a cinderela, duas vezes na noite ele deveria ligar para sua digníssima do telefone de casa, para provar que não estava na esbórnia.
E lá foi ele, com sorrisão de orelha a orelha, e foi aquela putaria, aquele monte de baiano no boteco, uma zuada, uma fuzarca, um fuzuê da porra. Todo mundo querendo saber como Zé da Pomba, depois de tanto tempo, tinha conseguido a carta de alforria. Zé da Pomba tirou uma onda, disse que agora era rei em casa, que não tinha que a mulher não tinha que reclamar de nada.
Tomou todas as cervejas que tinha direito, dava um cheirinho numa menina, um beijinho no cangote da outra, estava em seu habitat natural. No auge da baderna, Zé olhou a hora e disse que tinha que ir no banheiro. Só que para espanto de todos, ao invés de seguir para o banheiro do bar, Zé saiu com seu carro, poucos minutos depois voltou. Mais umas cervejas, umas piadas e um rebolation... Outra saidinha. A confraria percebeu logo, era o “boa noite” da patroa que estava fazendo o sacaninha correr tanto assim. Mas tudo ficou bem, Zé se esbaldou com sua noite de rei, sem mulher por perto pra proibir nada.
Felicidade maior foi quando a mulher ligou dizendo que estava pensando em passar mais uns dias fora, Zé da Pomba comemorou como se fosse o título da Copa do Mundo!!! Coisa melhor não podia acontecer, como era bom aquele gostinho de liberdade, e pensando como aquela tonta não percebia que o plano das duas ligações na noite não empatava em nada ele ficar pela rua. E lá foi ele repetir tudo da primeira noite, samba, suor e cerveja, sem esquecer da corrida até em casa, ligar para a patroa e voltar para a noitada.
No terceiro dia cedinho, o telefone de Bino (amigo de Zé) toca, ele atendeu meio tonto e viu que era Zé:
- Que foi Zé? Não cansou não? Tá cedo ainda misera, espera mais tarde que a gente continua a bagaceira, meu fígado tem que descansar. – Do outro lado da linha, quase murmurando Zé da Pomba fez o apelo.
- Bino, se precisar, posso dormir em sua casa hoje? Caí numa cilada... Nem sei se volto a dormir no meu quarto de novo...
Sem entender muito, Bino foi escutando Zé da Pomba contar... Sua mulher preparou uma armadilha e Zé caiu. E com as provas que ela conseguiu, não tinha desculpa que salvasse sua pele. Quando ela ligou dizendo que ia passar mais outros dias fora, já estava de malas prontas pra voltar pra casa. Chegou e encontrou vestígios de cerveja, roupa suja espalhada, e Zé da Pomba com o nome ressaca escrito da testa. Zé negou, esperneou, se fez de vítima, e ia até dando certo, quando a mulher, sem dizer nada, desceu o prédio correndo até a portaria. Fez o porteiro mostrar todas as imagens de segurança, até conseguir a prova que queria a imagem das duas últimas noites com Zé da Pomba saindo e entrando no seu prédio duas vezes em cada noite, ou seja, os dois telefonemas, e a chegada final, altas horas do dia, quando Zé finalmente voltava pra casa...
Bino não aguentava e ria até rolar no chão.
- Tome sacana, seu Big Brother te colocou no paredão, mas fique tranqüilo, que enquanto você não tiver chance de voltar pro quarto do líder, meu puxadinho está aqui pro que der e vier.