sexta-feira, 7 de maio de 2010

Três em uma

Quase sempre vem um povo me contar de umas enrolações, umas cantadas, e duplas formadas que chego achar que é brincadeira, mas não é não meu amigo... Não dizem que todo absurdo tem seu precedente na Bahia? Estou concordando com isso depois de certas histórias, hoje não vou escrever uma só, vou compartilhar mini causos para não ter que me estender em nenhum deles...

Chupada de amor não cresce coração...

... E pelo jeito não cresce mesmo, Selma saiu pra noitada com as amigas todas, e depois de todos os bares fechados em sua cidadezinha, foram parar na lanchonete da rodoviária. E um tal de amigo querendo tirar uma lasca aqui, outra ali, 4 horas da matina... até que um mais ousado chegou no ouvido dela falou alguma graça e meteu um chupão e uma mordida no rosto, se fosse Angélica, iam dizer q a pinta tinha mudado de lugar. Selma pirou com o canibalzinho. A história terminaria por aí, se no dia seguinte, por acaso Selma não ficasse com um cara que reparou na marca no seu rosto e soltasse:

- Você tá igual canudinho, toda chupada. – Selma ainda soltou uma piada dizendo que era picada de barbeiro, mas o rapaz a corrigiu explicando que a picada crescia o coração.

- É melhor do que tomar uma picada e crescer a barriga. – Pronto, resolvido, depois dessa o menino ficou sem graça e o papo acabou.

Lebre virando coelho, coelho virando rato

Dizem que o álcool dissolve todas as regras e controle de qualidade que tenho em mente, e começo a crer que sim mesmo. Juca criou o hábito de pegar tudo quanto era mulher que encontrava em festa e cachaçada, não importava como era. Olhou e sorriu, Juca conferiu. Mas querendo mudar isso e vendo que tinha tido a sorte de ficar com uma mais jeitosinha, pensou em continuar com ela, combinou de encontra-la num show na boate no dia seguinte.

Lá avistou a menina, ele já estava daquele jeito, (12 cervejas, uma seleta, três conhaques), encostou e reparou que a mulé já não estava tão filezinho como no dia anterior, mas foi... tinha marcado, né... e foi conversando, reclamando porque ela não tinha falado com ele na boate ainda, que ele só estava esperando por ela naquela noite, notou que a menina não entendia muito a conversa, mas estava gostando. Enfim depois de beijos e mais beijos, Juca abre o olho e ver passar em sua frente a bonita de cara fechada pra ele, que só fez virar o rosto e sair. Ele ainda processando o filme na cabeça, parou, olhou direito pra figura em seus braços e caiu a ficha que era outra baranga que ele pegou enganado...

Todo menino é um rei

E Doquinha também já foi rei. Numa roda de samba, ele que andava cabisbaixo, meio triste, com coração magoado, se viu sendo disputado por dois loironas. Uma alta, turbinada, e a outra baixinha, uma pimenta. Era Doquinha sambando mostrando seu molejo, e todo distraído não percebia que toda hora era puxado pro centro da roda pelas duas, disputando entre si a atenção do rebolation dele. A alta tinha vantagem, pois foi pro samba acompanhada de Doquinha, mas estava vendo seu reinado ameaçado pela audácia da baixinha. Essa sim estava na batalha, puxava Doquinha, encoxava, rebolava, descia até o chão... E Doquinha lá, nariz empinado, molejo afinado, só sambava, só sorria.

Até que depois, de tanto dançar a loirona puxou Doquinha pelo braço, deu-lhe um beijo, e zefiní,

Está na hora de tomar uma garapa, depois dessas.

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