quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Você aqui!!!

Quando amigos que não se vêem se encontram, tudo é válido... Falar besteira, piadinhas sem graça, manifestações de carinho exageradas, exceder-se de várias formas é a regra em geral. Foi assim que me contaram como aconteceu com uns amigos que se reencontraram por acaso nos bastidores de um show, numa capital dessas aí....

Depois de fazer despedidas, dar tchau para todos, aquele chororô, Lió voltou pra sua terra. Quatro meses depois estava de volta à capital, não deu tempo nem da turma sentir sua falta. E num domingo de ócio, recebeu uma ligação de um músico, amigo seu de longas datas, pra aproveitar o show da banda dele de graça, quer melhor?

E lá foi. Passe livre em camarim, palco, muita badalação, um fuzuê, um vuco vuco, eis que surge Nena, que tinha ido na despedida de Lió, aliás conheceu Lió na ocasião, mas na capital, longe de sua terra, todo mundo é melhor amigo, amigo de infância, cresceram quase juntos. Quando se viram (apesar de nenhum lembrar o nome do outro) foi aquela festa:

- Rapaz!!!! Você aqui! Mas não tinha ido embora?! Que alegria te ver!

- Pois é, voltei! – E tudo ficou em família, Nena trabalhando no evento e Lió aproveitando de tudo. Soltou-se por ali, dançava sozinho, entrava e saia do camarim toda hora. E começou aquela coisa de reencontro: muita história, muito elogio, piadinha sem graça... Lió já era íntimo de todo que estava por ali, segurança, roadie, músicos, fotógrafo... O show do seu amigo acabou, todo mundo conversando enquanto outra banda se apresentava, e Lió sempre o mais animado.

O show da segunda banda acabou, vieram os músicos todos para o outro camarim, eis que encosta a van para levar todo mundo pro hotel. A banda entra e senta sossegada, de repente... Lió naquela sua ímpar empolgação, gruda na porta da van e começa a falar alto (pra não dizer gritar...):

-E aí? Gente, o show foi massa! Bom p c*! Parabéns!!! Essa é minha banda, essa é minha banda! – E enquanto repetia a última frase, o cantor tentava fechar a porta, que Lió teimava em segurar aberta. Nesse puxa pra lá e puxa pra cá, o cantor conseguiu se desvencilhar de Lió, fechou a porta e foi embora, acho que agradecendo por ter se livrado daquela cena.

Mas Lió estava feliz, nem notou o incidente, e continuou a vida na capital sempre se encontrando com os amigos, e agora com mais uma história pra contar.

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